Gislaine Engelmann, nutricionista clínica do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)
Nesta quarta-feira, 16 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Alimentação, uma data que nos convida a refletir sobre um dos direitos humanos mais fundamentais: o direito à alimentação.
O tema central, neste ano, é “Direito aos alimentos para uma vida e um futuro melhores”, enfatizando a importância de garantir que todos tenham acesso a alimentos nutritivos e suficientes, essenciais para a saúde e o desenvolvimento.
Os quatro pilares que orientam as discussões neste dia são: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida
Vamos explorar cada um deles, relacionando-os à nossa realidade cotidiana.
Melhor nutrição
A nutrição adequada é vital para o nosso bem-estar.
Estudos mostram que uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, está diretamente ligada à prevenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
No entanto, muitas pessoas ainda enfrentam a insegurança alimentar, ou seja, a falta de acesso a alimentos suficientes e nutritivos.
Isso pode ser consequência de fatores econômicos, sociais e ambientais.
É fundamental que políticas públicas e iniciativas sociais sejam implementadas para garantir que todos tenham acesso a uma alimentação de qualidade.
Melhor produção
A forma como produzimos alimentos também impacta diretamente nossa saúde e o meio ambiente.
A agricultura sustentável e práticas de cultivo responsáveis são essenciais para garantir que as futuras gerações possam desfrutar de uma alimentação saudável.
Isso envolve desde a escolha de técnicas que preservem o solo e a água até a promoção da biodiversidade.
Além disso, o desperdício de alimentos é uma questão crítica: cerca de um terço dos alimentos produzidos globalmente é perdido ou desperdiçado.
Reduzir esse desperdício é uma ação necessária para melhorar a eficiência da produção e garantir que mais pessoas tenham acesso a alimentos.
Melhor ambiente
A relação entre alimentação e meio ambiente é inegável.
O impacto da produção de alimentos no aquecimento global e na degradação ambiental exige uma reflexão sobre nossos hábitos alimentares.
Optar por alimentos locais e da estação, além de reduzir o consumo de produtos de origem animal, pode ajudar a minimizar essa pegada ecológica.
A agroecologia e a permacultura são exemplos de práticas que promovem a saúde do solo e a biodiversidade, criando um ciclo sustentável que beneficia tanto os produtores quanto os consumidores.
Melhor qualidade de vida
Por fim, a qualidade de vida está intrinsecamente ligada à nutrição e à segurança alimentar.
A alimentação não é apenas uma necessidade biológica, mas também uma experiência cultural e social. Promover uma alimentação saudável pode melhorar não só a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social.
Atividades comunitárias que incentivam a agricultura urbana, como hortas comunitárias, são exemplos de como podemos unir as pessoas em torno do acesso a alimentos frescos e nutritivos.
Ao celebrarmos o Dia Mundial da Alimentação, é crucial que cada um de nós reflita sobre nosso papel na promoção do direito aos alimentos.
Seja apoiando produtores locais, reduzindo o desperdício ou educando-se e aos outros sobre nutrição adequada, pequenas ações podem levar a grandes mudanças.
Juntos, podemos trabalhar para um futuro no qual todos tenham acesso a alimentos saudáveis, sustentá-veis e dignos, assegurando não apenas a sobrevivência, mas uma vida plena e saudável para todos.
Vamos celebrar este dia com um compromisso renovado: o direito à alimentação é um direito de todos, e todos nós podemos contribuir para que isso se torne uma realidade.
Assessoria de imprensa do Hospital Dona Helena.
Jornalista responsável:
Guilherme Diefenthaeler
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