A cada ano, cerca de 1 mil crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos cometem suicídio no Brasil.
Os dados foram levantados pela Sociedade Brasileira de Pediatria e publicados originalmente pela Agência Brasil, baseados em registros do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
“Da mesma forma que o organismo físico, a mente também adoece.
E, se considerarmos essa etapa já bem complexa da vida, de transição para o ser humano, o problema assume dimensões ainda maiores”, alerta a psiquiatra Mônia Bresolin, da Unidade de Saúde Mental do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC).
A campanha Janeiro Branco se realiza no primeiro mês do ano, aproveitando o momento de reflexão e de planejamento, de maior convivência familiar, tudo isso atrelado à simbologia de recomeço.
Como explica a psiquiatra: “O principal objetivo da campanha é discutir a relevância da saúde mental e do cuidado com as emoções.
É importante estimular a conscientização da sociedade quanto à saúde mental e o bem-estar emocional.
E fazer isso logo no primeiro mês do ano pressupõe começar um novo ciclo de maneira mais saudável e positiva”.
A escolha de janeiro se deve, também, a uma estratégia de chamar a atenção sobre sentimentos de frustração que podem ocorrer ao se constatar que alguns desafios a que as pessoas se propuseram no ano anterior não foram vencidos.
É fundamental, segundo a médica, que se dê atenção especial à saúde mental – a ciência mostra que cuidar das emoções deve ser o primeiro desafio para o ano que se inicia, já que todas as demais conquistas que projetamos dependem da estabilidade psicológica.
A maioria das desordens mentais, lembra Mônia Bresolin, está associada à carga da depressão, estresse e ansiedade. E isso, em caráter global, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que os números de depressão no mundo giram em torno de 300 milhões.
O problema são as implicações da doença, porque há relação direta da depressão com o desenvolvimento de diversas enfermidades crônicas.
Um dos pontos cruciais é fomentar o diálogo e incentivar discussões mais abertas sobre a importância da saúde mental.
Ou seja, explorar a simbologia de janeiro a fim de motivar reflexões a respeito da necessidade de conversar sobre saúde mental.
É hora de romper paradigmas, sublinha a psiquiatra, para alertar sobre a necessidade de promover debates sobre tabus e preconceitos que ainda existem envolvendo os tratamentos psiquiátricos.
“Saber lidar com tais questões estimula a busca de soluções e reduz os desajustes que a ausência de tratamento adequado provoca”, acrescenta, ao manifestar uma grande esperança de que o abandono, de parte da sociedade, desses preconceitos, ajude a fomentar uma cultura voltada à saúde mental: “É vital trabalhar a educação preventiva e contribuir para a formação de ideias que valorizem a saúde mental.
Isso também ajuda na promoção do autocuidado entre as pessoas que precisam de ajuda.
E, claro, estimula procurar apoio profissional sempre que necessário.
Afinal, conclui Mônia, “a promoção da saúde mental passa pela compreensão de que a estabilidade emocional é tão importante quanto a física”.
Assessoria de Imprensa do Hospital Dona Helena.
Mercado de Comunicação.
Jornalista Ana Ribas Diefenthaeler.
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