Instituições financeiras destacam soluções para transição energética no Brasil durante Brazil Energy Conference

Instituições financeiras destacam soluções para transição energética no Brasil durante Brazil Energy Conference

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O painel 20 da Brazil Energy Conference, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), reuniu na última quinta-feira (6) representantes de instituições financeiras públicas e multilaterais para debater estratégias concretas de financiamento à transição energética no Brasil. Com o tema “ABDE: cases de sucesso, potencialidades energéticas e o financiamento da transição sustentável”, o encontro destacou como o crédito sustentável tem impulsionado o desenvolvimento regional e fortalecido a economia verde no país.

Moderado por Feliphe Araújo, secretário de Meio Ambiente do Piauí, o painel apresentou iniciativas que já estão transformando o cenário energético brasileiro. “Esse debate é fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil. É um espaço para conhecer experiências práticas que estão modificando a realidade por meio da atuação direta de instituições financeiras nacionais e internacionais”, afirmou Araújo.

Um dos destaques foi a apresentação de Fernanda Raicoski, assessora do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Ela revelou que, somente em 2024, o banco investiu R$ 5,9 bilhões, sendo R$ 431,6 milhões destinados à carteira de energia sustentável. “Nossa principal carteira é a do agronegócio, mas temos forte presença em negócios inovadores e energia limpa. O BRDE é um dos maiores investidores na transição energética da última década no país”, destacou.

Sérgio Gusman, presidente da AgeRio, abordou a diversidade energética do Rio de Janeiro. “Temos a única secretaria estadual dedicada à Energia e à Economia do Mar. O estado abriga 15 projetos em licenciamento no Ibama, que somam 38,7 GW de potência e R$ 94 bilhões em investimentos previstos para a próxima década”, explicou. Ele também apresentou o case da Axis Renováveis, que opera miniusinas com fornecimento remoto de energia para indústrias.

Representando o Badespi, o presidente Marcelo Jannotti detalhou iniciativas voltadas à inovação e sustentabilidade. “Digitalizamos processos, reduzindo em 130 mil folhas impressas por ano. Lançamos linhas como o Inova Táxi Elétrico e financiamos projetos como o da Yapo Tijolos Ecológicos, que além de reduzir emissões, melhoram o conforto térmico”, afirmou.

Em São Paulo, o destaque foi o Fundo de Aval de Eficiência Energética (FAEE), apresentado por Luís Fonseca, chefe de gabinete da Desenvolve SP. “A indústria paulista consome 41% da energia do estado. Criamos o FAEE para cobrir o gap de crédito e apoiar empresários na modernização de seus processos, com foco em eficiência energética e redução de emissões”, afirmou.

Pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Paulo Simplício ressaltou o papel de instituições multilaterais na viabilização de soluções climáticas locais. “Cerca de 35% da carteira da AFD no Brasil — que totaliza R$ 20 bilhões — é voltada ao setor energético, especialmente à energia solar fotovoltaica, que responde por 73% dos projetos”, concluiu.

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