O estado de Santa Catarina reforça suas equipes de Saúde da Família com a chegada de 103 profissionais do Programa Mais Médicos, iniciativa do governo federal destinada a ampliar a cobertura da atenção primária em regiões socialmente vulneráveis. Dois desses médicos foram designados para o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Interior Sul, que atende populações indígenas em áreas remotas, enquanto os demais atuarão em municípios catarinenses.
Desde o último dia 2, médicos formados no Brasil e registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) já começaram a atuar nos territórios. Já os médicos brasileiros formados no exterior iniciarão, a partir de 4 de agosto, o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) — treinamento voltado para atendimento em urgência, emergência e enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões onde atuarão.
Os profissionais do Mais Médicos são essenciais para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e para acelerar o acesso ao atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). A atuação integrada, com uso do prontuário eletrônico e fluxos organizados, contribuirá para reduzir o tempo de espera e facilitar o acesso à média e alta complexidade para toda a população.
“São mais de 3 mil novos profissionais que começam suas atividades no programa, qualificando a atenção primária e diminuindo o tempo de espera. Além disso, o programa investe na formação e qualificação, oferecendo especializações em Medicina de Família e Comunidade e mestrado profissional em Saúde da Família”, destaca o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço.
Distribuição dos médicos no Brasil
A alocação dos profissionais considerou o cenário atual da distribuição médica, segundo o estudo Demografia Médica 2025, realizado pelo Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB). O estudo aponta a proporção de médicos por habitante nas diversas regiões do país.
O Mais Médicos prioriza regiões com maior vulnerabilidade social e menor número de profissionais, com vagas distribuídas majoritariamente em municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%).
Atualmente, o programa garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em cerca de 4,2 mil municípios, com cerca de 24,7 mil médicos atuando — o que representa 94% do território nacional coberto. A meta é alcançar 28 mil profissionais.