A Ilha do Campeche, patrimônio arqueológico e paisagístico brasileiro tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 2000, terá sua gestão compartilhada entre a Prefeitura de Florianópolis (SC) e entidades que já atuam na preservação do local. Representantes dessas organizações ressaltam que a criação da Unidade de Conservação MONA Ilha do Campeche não representa uma mudança total de administração, mas sim um modelo de cooperação que amplia e formaliza responsabilidades.
Segundo a bióloga Camila Ayroza, do Instituto Ilha do Campeche, a proposta fortalece a governança do Programa de Visitação e Conservação. “É um momento de aprendizado coletivo, que exige compromisso e integração entre os órgãos envolvidos, garantindo a participação da sociedade civil. Assim, é possível dar continuidade às ações bem-sucedidas e avançar a partir das lições aprendidas”, destacou.
A gestão passa a contar também com a atuação da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), que representa a prefeitura como órgão executor da política ambiental, em conformidade com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O IPHAN, por sua vez, mantém suas competências plenas sobre o patrimônio cultural tombado da Ilha.
Outras entidades continuarão desempenhando funções específicas, que vão desde a coordenação de monitores até o controle de acesso de visitantes, além de suporte logístico em situações emergenciais. Entre elas estão: Associação Couto de Magalhães de Preservação da Ilha do Campeche (ACOMPECHE), Restaurante Bacalhau, Associação dos Pescadores Artesanais da Praia da Armação do Pântano do Sul (APAAPS), Associação das Empresas de Transporte Náutico da Barra da Lagoa (ATBL) e Associação dos Barqueiros de Transporte da Praia do Campeche (ABTC).
