O município de Camboriú ganhará em novembro um registro inédito de sua memória, cultura e riquezas naturais com o livro Camboriú – A Cidade da Gente. O projeto reúne 13 turmas da rede municipal de ensino — cerca de 390 alunos e seus professores — que, ao longo do primeiro semestre, investigaram diferentes aspectos do patrimônio local. Cada turma ficou responsável por um tema, que se transformará em um capítulo da obra.
A escritora Sibelia Zanon está atualmente transformando o material produzido em uma narrativa final, mantendo a essência e o protagonismo dos estudantes. Em seguida, o livro será ilustrado e retornará às escolas para avaliação e possíveis ajustes antes da impressão.
A iniciativa conta com o apoio da Águas de Camboriú e do Instituto Aegea, que incentivam projetos voltados à valorização da história local e ao protagonismo estudantil, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O projeto é realizado pela Editora Olhares.
“O processo de escrita coletiva estimula nos estudantes o olhar crítico sobre a cidade, o senso de pertencimento e a valorização da cultura local. É gratificante ver que em Camboriú essa oportunidade foi plenamente aproveitada pelas escolas participantes”, comenta Otávio Nazareth, coordenador geral do projeto.
Com orientação dos professores, os alunos foram a campo para conhecer os temas escolhidos e produziram textos originais, preservando o olhar e a sensibilidade de cada estudante. Os gêneros literários explorados incluem poemas, relatos, acrósticos e diários, revelando a diversidade de formas narrativas.
Entre os capítulos, o Rio Camboriú terá destaque, com cartas escritas pelos alunos da EBM Clotilde Ramos Chaves, orientados pela professora Samanta Rosa Maia. Endereçadas a peixes, capivaras e ao próprio rio, as mensagens expressam carinho e consciência ambiental.
No campo da cultura imaterial, a Festa do Divino Espírito Santo foi tema dos estudantes da EBM Lucinira Melo, que, sob a coordenação da professora Gisele Diniz e com a participação da escritora Teresa dos Santos Silva, produziram acrósticos celebrando a tradição religiosa.
