Grupo Tático de Intervenção da Polícia Penal de Santa Catarina registra meio milhão de movimentações sem ocorrências

Grupo Tático de Intervenção da Polícia Penal de Santa Catarina registra meio milhão de movimentações sem ocorrências

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Desde 2017, o Grupo Tático de Intervenção (GTI) atua em situações de alta complexidade dentro das unidades prisionais de Santa Catarina, contribuindo para a preservação da ordem, disciplina e integridade física de internos, operadores e colaboradores. Ao longo de oito anos, o GTI contabilizou mais de meio milhão de movimentações de presos sem nenhum registro criminal ou administrativo decorrente das operações. Só no primeiro semestre de 2025, o grupo participou de mais de 50 operações, movimentando internamente mais de 10 mil presos.

Instituído em 10 de julho de 2017, o GTI é um dos grupamentos especializados da Polícia Penal de Santa Catarina, vinculado à Secretaria de Justiça e Reintegração Social (Sejuri). Criado para atender situações de média e alta complexidade no sistema prisional, o grupo atua estrategicamente em momentos que exigem pronta resposta e domínio técnico do Estado.

FOTO: Secom

A principal missão do GTI é intervir em contextos que possam comprometer a disciplina e o funcionamento das unidades, como motins, rebeliões, movimentações suspeitas, visitas de autoridades ou ações que envolvam grande número de pessoas privadas de liberdade. Os operadores acessam galerias, celas e pátios para conter situações críticas, utilizando técnicas de imobilização e contenção tática. As intervenções seguem protocolos baseados em técnicas de menor potencial ofensivo, priorizando a preservação da vida, respeito aos direitos humanos e restauração da normalidade institucional.

Para integrar o GTI, o policial penal deve comprovar aptidão técnica, física e psicológica, incluindo habilitação em armamentos, aprovação em cursos institucionais e liberação por superiores hierárquicos da unidade, diretoria e coordenação do grupo. “Uma vez convocado, o servidor integra a equipe por tempo determinado, podendo ser efetivado conforme a demanda e desempenho”, explica Robson Pereira Carpes, coordenador do GTI.

A rotina de preparação é intensa e contínua. Além de treinamentos físicos diários, os operadores realizam práticas de artes marciais, imobilização tática, uso de armamentos letais e não letais, instruções administrativas e cursos de aperfeiçoamento, garantindo atuação técnica e segura.

O GTI opera com armamentos como pistolas, espingardas calibre 12 e fuzis, e equipamentos de menor potencial ofensivo, como granadas, espargidores de pimenta, bastões e dispositivos elétricos de incapacitação. Conforme a complexidade da missão, podem utilizar escudos balísticos, rádios comunicadores e materiais de arrombamento tático.

Além do preparo técnico, a estabilidade emocional e o cuidado com a saúde mental dos operadores fazem parte da rotina. Avaliações psicológicas contínuas são realizadas, e servidores que não estejam em plenas condições podem ser direcionados a funções internas ou logísticas, respeitando limites individuais e promovendo o bem-estar da equipe.

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