No dia 20 de março, comemora-se o Dia Nacional de Atenção à Disfagia, uma data dedicada a alertar a população sobre essa condição que afeta a capacidade de deglutição. Estima-se que até 22% das pessoas com mais de 50 anos sofram de disfagia, uma alteração que pode levar a complicações como desnutrição, desidratação e problemas pulmonares. No Brasil, embora não haja dados precisos, a prevalência é significativa, especialmente entre idosos institucionalizados, onde a taxa varia entre 5,4% e 83,7%.
A disfagia é uma condição relativamente comum, afetando cerca de 6,5% da população adulta em algum momento da vida. A ocorrência aumenta com a idade, sendo relatada por mais da metade dos idosos em instituições de cuidado. Para conscientizar sobre os riscos e promover o diagnóstico precoce, o Dia Nacional de Atenção à Disfagia foi criado, destacando a importância de medidas preventivas e tratamentos adequados.
Segundo a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta, a disfagia é uma alteração na capacidade de engolir que pode causar desnutrição, desidratação e pneumonias. Além disso, a dificuldade de mastigar e engolir pode levar ao isolamento social, impactando a saúde emocional dos pacientes. A condição é mais comum em pessoas com doenças neurológicas, como Alzheimer, Parkinson, paralisia cerebral e AVC, mas também pode ocorrer em pacientes com câncer de cabeça e pescoço ou após tratamentos como radioterapia.
Os principais sintomas incluem engasgos frequentes, tosse ao comer, dificuldade para engolir, sensação de alimento parado na garganta, regurgitação, perda de peso e desinteresse por comida. O diagnóstico é feito por meio de exames como radiografia com contraste, endoscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
O tratamento varia conforme a causa da disfagia e pode incluir fonoterapia, medicamentos, dilatações, aplicações de toxina botulínica ou até cirurgias. Em casos graves, pode ser necessário o uso de sondas ou gastrostomia para alimentação.