Florianópolis recebe projeto que transforma histórias de idosos em apresentações encantadas

Florianópolis recebe projeto que transforma histórias de idosos em apresentações encantadas

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Voluntários em formação pelo Instituto História Viva vivenciaram uma etapa prática emocionante em dois lares de idosos de Florianópolis. A atividade faz parte do curso gratuito de contação de histórias, promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com o instituto, que realiza sua primeira formação na capital catarinense.

Cerca de 16 voluntários participaram de uma experiência transformadora de escuta empática no Lar São Francisco, localizado no bairro Ribeirão da Ilha, e no Asilo Irmão Joaquim, no Centro da cidade.

A iniciativa integrou a segunda fase do treinamento iniciado em maio, que contou com aulas teóricas e dinâmicas. Nesta etapa prática, os participantes não contaram histórias, mas ouviram atentamente as memórias dos idosos, com sensibilidade, respeito e empatia.

Mais do que conversas, o encontro teve como objetivo desenvolver a escuta ativa e afetuosa — uma habilidade essencial para quem deseja transformar relatos reais em narrativas encantadas.

De acordo com a metodologia do Instituto História Viva, contar histórias vai além do entretenimento. É uma forma de criar conexões entre gerações, valorizar memórias e devolver aos protagonistas suas experiências em forma de arte, afeto e reconhecimento.

“Foi incrível. Eu, particularmente, amo contar histórias, mas nunca tinha parado para ouvi-las. Olhar nos olhos dos idosos, sentir que eles precisam de atenção e de alguém que os escute foi uma experiência encantadora”, relatou Márcia Câmara, voluntária da formação. “O que eles passaram para a gente não tem preço. Ouvir histórias assim é mágico, e poder encantá-las será ainda mais especial.”

Outra voluntária, Eleonora Cardoso Boing, também compartilhou sua percepção sobre a vivência. “Está sendo um momento marcante na minha vida. A gente para, desacelera e percebe como é precioso ouvir o outro. Descobrimos o que temos que o outro não tem e vice-versa. É uma troca que faz bem para a alma”, afirmou.

As histórias colhidas nesses encontros não ficarão apenas na memória dos voluntários. Elas serão ressignificadas, reescritas de forma sensível, poética e lúdica, mantendo a essência de cada relato.

A última fase da formação, que acontece no dia 31 de agosto, será o ápice do projeto. Os idosos ouvirão suas próprias histórias — agora transformadas — contadas pelos próprios voluntários que se dedicaram a escutá-los com o coração.

“Esse é o ciclo da contação de histórias que acreditamos e praticamos”, explica Roseli Bassi, fundadora do Instituto História Viva. “Primeiro, ouvimos com empatia. Depois, deixamos que essas histórias ganhem nova vida. Quando devolvemos essas memórias aos seus donos, em forma de contação, há uma cura simbólica. É o poder das palavras atuando como afeto, acolhimento e reconhecimento.”

Com quase 20 anos de atuação, o Instituto História Viva já formou mais de 3.500 voluntários em sete estados brasileiros. Juntos, eles impactaram aproximadamente 16 mil pessoas em hospitais, escolas, abrigos e lares de idosos.

As apresentações de encerramento em agosto não representarão apenas o fim da formação da primeira turma de Florianópolis, mas também o início de uma nova jornada para os participantes, que se tornarão multiplicadores da arte de ouvir e contar histórias com propósito.

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