Pediatra orienta sobre os cuidados para que as crianças tenham um começo de ano letivo sem medos

Pediatra orienta sobre os cuidados para que as crianças tenham um começo de ano letivo sem medos

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O retorno do período de férias ou o início da trajetória escolar das crianças exige um cuidado redobrado com a adaptação, higiene e alimentação. A indicação é da pediatra e membro da Associação Brusquense de Medicina (ABM), Daniela Dal Forno Maestri.

Toda criança pode ter problemas na adaptação escolar e se recusar, por um momento, a ficar longe dos pais. No caso das crianças com idades reduzidas, a angústia gerada pela separação pode ser mais frequente e intensa inicialmente, mas existem formas para amenizar como, por exemplo, conversas recorrentes, enfatizar o lado positivo, criar expectativa sobre novas brincadeiras e novos amigos para que eles conheçam mais sobre a rotina e horários das atividades. Outra indicação da médica para diminuir os efeitos dos períodos mais prolongados sem os pais, é sempre falar a verdade, explicando o motivo e o tempo da sua ausência, mostrar segurança frente à separação, e dar tempo para que a criança se adapte às mudanças.

“Não devemos ter medo de sair da escola, assim como não devemos prolongar uma despedida. Deve-se agir da maneira mais natural possível. Ensinar a criança que ela deve driblar essa ansiedade, controlar o medo, aproveitar a companhia dos amiguinhos e que após um período determinado de tempo, a mamãe, papai ou outro responsável irá buscá-la novamente.  Atentar também para não repreender o choro. O choro é uma maneira que a criança tem de se expressar”, indica.

“Envolver a criança em tarefas como organização dos materiais escolares e estimular positivamente com relação ao retorno para a rotina escolar também podem colaborar no processo. A organização de uma rotina de sono e de alimentação são parte importante do processo”, completa a médica.

Cuidados com a saúde das crianças
Alimentos industrializados, com altos índices de açúcares, excesso de corantes ou condimentos devem dar espaço para uma alimentação saudável e equilibrada, indicada pela médica como fundamental para o crescimento e desenvolvimento das crianças.

“Conversar com a criança sobre a comida e os hábitos saudáveis dos pais facilitam a educação alimentar. As crianças seguem a tendência de se alimentar melhor, se envolvidas no processo de preparação e com um hábito mais saudável”, indica. Segundo ela, além do déficit nutricional, o excesso de industrializados afeta a saúde futura das crianças.

Com o retorno ou início da vida escolar, ela também salienta uma maior circulação de doenças entre o público infantil. O motivo é a maior tendência de aglomeração e de disseminação de vírus e bactérias.

Para o período, ela reforça a necessidade de manter as carteiras de vacinação em dia. “Rubéola, caxumba e sarampo não são mais comuns hoje em dia devido a um programa de vacinação eficaz, mas com os baixos índices atuais, essas doenças podem retornar e  causar impactos importantes nas crianças. As vacinas também são fundamentais para o controle de outras doenças comuns como diarréia por rotavírus, gripes, meningite, pneumonia, que além da gravidade, afetam muito a frequência escolar”, explica.

Além da atualização da caderneta, é fundamental manter as crianças sempre em boas condições de higiene, limpeza das roupas, calçados e objetos pessoais, dentes bem escovados e cuidados de higiene nasal. “Outros cuidados como não compartilhar itens pessoais e manter a higiene das mãos sempre que possível, são destacados. Não existe fórmula mágica, mas, algumas dicas e informações  associadas ao cuidado, paciência e amor, facilita muito a introdução escolar dos pequenos”, finaliza.

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