Penha entrega materiais didáticos em Braille para aluna com baixa visão e reforça inclusão na educação

Penha entrega materiais didáticos em Braille para aluna com baixa visão e reforça inclusão na educação

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A Secretaria de Educação de Penha realizou a entrega de materiais didáticos em Braille para a aluna da rede municipal, Nicolly Pereira, de 11 anos — estudante da Escola Rubens João de Souza. Nicolly possui baixo grau de visão em decorrência de glaucoma congênito diagnosticado logo após o nascimento. A ação simboliza o avanço das políticas de inclusão para pessoas com deficiência visual na Educação Municipal.

A aluna do 6º ano iniciou recentemente as aulas no serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), para aprender Braille na Sala de Recursos Multifuncionais. O novo aprendizado permitirá o uso completo do material adaptado e favorecerá sua inclusão no ambiente escolar. O material em Braille contempla todas as disciplinas e foi adquirido por meio do sistema aplicado na Rede Municipal, da Editora Brasil.

“Além de aprender Braille agora, vou poder ler os livros na escola para estudar. Espero que tudo melhore para mim e para o município, para que tudo esteja preparado para outras crianças. Acredito não só em mim, mas em cada pessoa que tem essa condição”, ressalta Nicolly, que embarcou na última sexta-feira (6) para os Estados Unidos, onde passará por uma nova série de exames médicos.

Os livros foram entregues pelo prefeito Luizinho Américo e pela secretária de Educação, Cida Emmerich. “Finalmente, a Nicolly terá as condições necessárias para receber uma educação inclusiva, atendendo às suas necessidades e abrindo novos caminhos na educação de Penha”, destacou a secretária.

Aos 2 anos, Nicolly recuperou parte da visão após cirurgia realizada em Miami, nos Estados Unidos, em um caso amplamente reconhecido como um milagre da medicina e referência de esperança para portadores de glaucoma. A reportagem sobre esse sucesso, publicada pelo Miami Herald em 2016, é destaque no centro cirúrgico do Bascom Palmer Eye Institute.

A busca por especialistas internacionais começou para evitar um transplante de córnea, recomendado inicialmente por médicos brasileiros. Desde então, Nicolly e a mãe, Daiana, viajam anualmente aos Estados Unidos para acompanhamento e procedimentos. “Ela fez uma iridectomia, que substituiu cirurgias anteriores, ampliou a íris e implantou válvulas para controlar o glaucoma. Ninguém esperava que pudesse enxergar, mas, na retirada dos tampões, ela surpreendentemente enxergou”, relembra a mãe.

A família, que mora no bairro São Nicolau, em Penha, não arca com os custos médicos, mas com as despesas de viagem e estadia, custeadas por campanhas e rifas. “Os médicos são essenciais, mas sem a colaboração e generosidade das pessoas não teríamos conseguido tudo o que já realizamos por ela”, reforça Daiana.

Nicolly tem uma baixa visão considerada não funcional pela medicina e pode vir a perdê-la completamente, o que a caracterizaria como cega oficialmente. “Essa visão não é suficiente para leitura, então ela deve ser orientada em Braille”, explica a mãe. Atualmente, ela é a única estudante com essa condição na rede municipal de ensino.

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