Produtora com mais de 180 projetos impulsionados via leis de incentivo, à frente da Agência Cultural AqueleTrio, de Joinville, a pianista Marisa Toledo prepara o relançamento do livro “Palavra Presa na Garganta”, de 2015, em que aborda o impacto da ditadura militar sobre a poética de Chico Buarque.
A obra, baseada originalmente em monografia acadêmica, volta à cena em novos formatos, com ênfase na acessibilidade. Terá versões em e-book, audiobook com trilhas incidentais do compositor e videobook em Libras, para alcançar leitores cegos e surdos.
O trabalho está sendo conduzido a várias mãos, com parceiros como a Editora Areia e com o Instituto de Pesquisa da Arte pelo Movimento (Impar), ambos de Joinville. “A proposta é tornar o livro acessível a mais pessoas.
Daí esse viés inclusivo”, sublinha a pianista, que é graduada em Pedagogia com especialização em Música Popular Brasileira e mestrado latu sensu em Educação Contemporânea e Interculturalidade.
O relançamento será marcado por rodas de conversa da autora em seis universidades catarinenses.
Não é por acaso que Marisa Toledo escolheu 2024 para tirar o livro da gaveta. Ao mesmo tempo, marca os 80 anos do compositor e os 60 do golpe militar de 1964.
“Palavra Presa na Garganta” – alusão à antológica “Cálice”, de Chico e Gilberto Gil – procura mostrar, nas palavras da autora, como a repressão foi desarmada pela tênue e constante resistência, e “a maneira como resistir foi continuar cantando e estabelecendo um estranho diálogo entre a poesia e a força bruta”.
Assessoria de imprensa projeto “Palavra Presa na Garganta”.
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Guilherme Diefenthaeler
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