Preservar o patrimônio familiar ao longo das gerações vai além de disciplina financeira e gestão de ativos. Um planejamento sucessório bem estruturado garante a continuidade do patrimônio, previne conflitos entre herdeiros e promove eficiência jurídica e tributária na transferência de bens.
Instrumentos como holdings familiares, testamentos e doações em vida têm se consolidado como soluções estratégicas para formalizar a sucessão patrimonial. Além de proteger os ativos, essas ferramentas ajudam a reduzir custos, mitigar riscos e alinhar expectativas entre os familiares.
Segundo Marcelo Pedroso, líder da XP em Santa Catarina, sem planejamento adequado, os riscos de diluição do patrimônio, disputas familiares e rupturas irreversíveis aumentam significativamente, comprometendo a longevidade de negócios e compromissos construídos ao longo de gerações.
“Há exemplos claros de sucessões bem conduzidas que garantiram crescimento e estabilidade dos ativos, enquanto processos desorganizados resultaram em perdas expressivas e fragmentações irreparáveis, transformando famílias antes prósperas em endividadas”, afirma Pedroso.
O especialista ressalta ainda que existe uma barreira cultural que dificulta conversas sobre sucessão. Ele alerta para a importância de iniciar o planejamento ainda em vida, considerando tributos como o ITCMD, que varia entre 4% em estados como São Paulo e 8% em Santa Catarina. “A sucessão deve ser encarada como uma decisão estratégica e consciente, e não como tabu, para proteger o legado familiar”, reforça.