Sábado é dia de feira: tradicional ponto do bairro Fiuza Lima é elo entre o campo e a cidade

Sábado é dia de feira: tradicional ponto do bairro Fiuza Lima é elo entre o campo e a cidade

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O quiabo colhido na sexta-feira à tarde na propriedade da Família Lyra, no bairro São Roque, chega fresquinho à feira do Fiuza Lima. Às 5 horas da manhã de sábado, os feirantes já estão preparados para receber a freguesia habitual e aqueles que descobrem aos poucos o local que oferece produtos regionais. O espaço é um incentivo à agricultura familiar da região e foi instalado no começo dos anos 1980 e tem o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Expansão Urbana.

A feira é coordenada pelos próprios boxistas, que formaram uma comissão. É um ponto onde a comunidade se encontra em busca de uma variedade de produtos, como hortaliças, temperos, queijos e outros derivados do leite, embutidos, banana, ovos caipiras, conservas, artesanato, alimentos sem glúten, e um sortimento de bolos, cucas, bolachas, broas e doces secos (doce de natal).

Há 25 anos em um box no local, a doceira Sônia da Costa Lira começa a preparar as delícias que traz para vender já no começo da semana. Os produtos coloniais dela já são tradição. A feira é o ponto exclusivo de venda para Sônia, que vem da localidade do Brilhante I para comercializar os produtos.

A bancária aposentada Raquel Santos é freguesa habitual da feira do Fiuza Lima. Sempre leva banana, carne seca, linguiça e outros produtos frescos. “Esse local não pode acabar nunca. Além dos produtos de ótima qualidade, é ideal para encontrar os conhecidos”, afirma.

Segundo o historiador Edison D’Ávila, a feira livre do Fiuza Lima é a antiga feira livre da Vila Operária. Começou na Praça da Igreja da Vila, ali onde hoje está a área de esporte e lazer. Já nos anos de 1950 ela funcionava ali e talvez tivesse começado nos anos de 1940. No final da década de 1970 e início de 1980, houve a mudança para o espaço atual, em uma área particular que o Município arrendou, e permanece lá até hoje.

“A feira tem resistido todo esse tempo às mudanças de hábitos e costumes da população e às inovações do comércio varejista com supermercados e sacolões. Tem tradição e é a única existente na área urbana”, conclui o historiador.

A produtora cultural Ana Clara Ferreira Marques faz questão de levantar cedo no sábado para ir à feira do Fiuza Lima. Ela frequenta o espaço toda semana, pelo preço e qualidade dos produtos oferecidos.

Para a secretária municipal de Agricultura e Expansão Urbana de Itajaí, ao adquirir os produtos na feira do Fiuza Lima, o consumidor contribui diretamente para o desenvolvimento da agricultura familiar e para a economia local.

“A iniciativa promove a geração de renda e estimula a produção de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, além de fortalecer o vínculo entre o campo e a cidade. A feira também representa um compromisso com a comunidade, proporcionando acesso a alimentos frescos e nutritivos, cultivados com respeito ao meio ambiente e valorizando o trabalho dos pequenos agricultores”, ressalta Flávia Senh.

A feira do Fiuza Lima fica na esquina das ruas João Gaya e Duque de Caixas. Funciona aos sábados das 5h às 10 horas da manhã.

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