O Brasil registrou um aumento de 1,9% no número de bolsas de sangue coletadas nos últimos dois anos, passando de 3,25 milhões em 2023 para 3,31 milhões em 2024. Esse crescimento também se reflete em Santa Catarina, onde a quantidade de bolsas coletadas subiu de 121.779 para 126.552, um aumento de 3,9%. Apenas até maio deste ano, já foram coletadas 830 mil bolsas em todo o país, sendo 31,7 mil no estado catarinense.
Para estimular a doação voluntária e regular, o Ministério da Saúde lançou no último sábado (14 de junho), no Dia Mundial do Doador de Sangue, a campanha nacional “Doe Sangue. Você Pode”. A ação, que será veiculada durante todo o ano, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. As doações são fundamentais para pacientes que passam por procedimentos como transfusões, transplantes e tratamentos oncológicos.
Embora o Brasil esteja dentro do parâmetro recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere que pelo menos 1% da população doe sangue anualmente, o país alcançou 1,6% em 2024. Ainda assim, o Ministério da Saúde mantém campanhas constantes para ampliar a captação de doadores e garantir estoques adequados de sangue e hemoderivados.
A pasta também realiza o monitoramento diário dos estoques dos hemocentros estaduais. A doação de sangue, além de salvar vidas, é essencial para a produção de medicamentos derivados do plasma, fundamentais no tratamento de diversas doenças.
O ato de doar sangue é um gesto de solidariedade e cidadania, crucial para a saúde pública. A Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados foi criada para garantir a autossuficiência do país nesse setor e padronizar as ações dos governos federal, estadual e municipal.
Cada doação pode salvar várias vidas, pois o sangue é separado em diferentes componentes, como:
Concentrado de Hemácias (CH)
Concentrado de Plaquetas (CP)
Plasma Fresco Congelado (PFC)
Crioprecipitado (CRIO)
Esses componentes são usados em tratamentos distintos, de acordo com a necessidade dos pacientes.
Vale lembrar que não existe substituto artificial para o sangue. Ele é insubstituível e essencial, especialmente no tratamento de doenças crônicas, que frequentemente exigem transfusões.
A campanha “Doe Sangue. Você Pode” está sendo divulgada em mídias como rádio, televisão, redes sociais, mobiliários urbanos e painéis digitais. Ela utiliza a expressão popular “dar o sangue”, comum no dia a dia, para reforçar que, se alguém se esforça tanto por algo, também pode doar sangue e ajudar a salvar vidas.
Para ser doador, é necessário:
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos responsáveis);
Estar em boas condições de saúde;
Não estar em jejum;
Apresentar um documento oficial com foto.