Selic em 15% acende alerta e exige gestão fiscal mais técnica, aponta SINDAF-SC

Selic em 15% acende alerta e exige gestão fiscal mais técnica, aponta SINDAF-SC

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O Sindicato dos Auditores Estaduais de Finanças Públicas de Santa Catarina (SINDAF-SC) alerta que a manutenção da Selic em 15% reforça a pressão sobre as finanças estaduais e amplia a necessidade de rigor técnico na administração pública. A entidade destaca que juros elevados encarecem a dívida, reduzem a capacidade de investimento e tornam ainda mais estratégica a atuação das carreiras técnicas da Secretaria de Estado da Fazenda.

A decisão anunciada nesta quarta-feira (10) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que optou por manter a taxa básica em 15% ao ano — o maior nível em quase duas décadas — acende um sinal de atenção para os cofres estaduais. Para o SINDAF-SC, o cenário de juros altos eleva o custo do crédito, pressiona a dívida e exige precisão absoluta na condução fiscal.

Segundo o presidente do SINDAF-SC, Sandro Medeiros Alves, a permanência da Selic nesse patamar consolida um ciclo econômico que demanda mais técnica e prudência dos estados. “Cada ponto percentual da Selic tem impacto direto no caixa, na capacidade de investimento e na execução das políticas públicas. Quando os juros permanecem elevados por tanto tempo, aumenta a responsabilidade das carreiras que estruturam a Secretaria da Fazenda para assegurar planejamento, previsibilidade e controle rigoroso das contas”, afirma.

A Selic em 15% encarece operações de crédito, limita novos financiamentos e reduz a margem de manobra dos governos estaduais, que precisam equilibrar despesas obrigatórias com a continuidade dos investimentos. Para o sindicato, a combinação entre arrecadação consistente e gestão financeira técnica torna-se ainda mais determinante em momentos de forte pressão sobre a dívida pública.

A importância das carreiras técnicas em ciclos de juros altos

O SINDAF-SC ressalta que os ciclos econômicos sempre influenciaram o comportamento da administração pública. Em períodos de hiperinflação, como na década de 1990, a taxa básica superou 40% ao ano. Em 2020, chegou a 2%, o menor patamar da história.
Com o retorno dos juros elevados, o papel das carreiras técnicas da Secretaria de Estado da Fazenda torna-se ainda mais relevante.

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