O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, manifestou preocupação diante da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que solicitou o afastamento de parlamentares acusados de obstruir o plenário, entre eles três representantes do Estado — Zé Trovão, Caroline de Toni e Julia Zanatta, todos entre os mais votados na região.
Segundo o governador, os argumentos usados para justificar a medida são frágeis e representam um risco à democracia. Ele citou como exemplo a acusação contra a deputada Julia Zanatta, que teria permanecido no plenário acompanhada de sua filha, ainda em fase de amamentação. “Qual o problema nisso? Onde está o perigo de uma deputada, mãe, estar com sua filha no plenário? Estamos em um país democrático. Alguém iria atacar uma deputada em plenário?”, questionou.
Jorginho Mello ressaltou que Santa Catarina já enfrenta um desequilíbrio federativo, recebendo apenas 10% dos recursos que envia para Brasília, e que a redução da representatividade política do Estado agravaria ainda mais essa situação.
“Vamos trabalhar pela paz e pela convergência. Não é afastando deputados que discordam do que está acontecendo que vamos fortalecer a democracia”, concluiu o governador.