O que normalmente seria um dia de rotina escolar se transformou em uma vitrine de criatividade, tecnologia e aprendizado colaborativo. No último sábado (20), a Escola SESI de Referência de Itajaí abriu as portas para a comunidade e recebeu grande público durante a 3ª edição da Mostra STEAM. Das 9h às 13h, estudantes, famílias e visitantes percorreram os corredores para conhecer de perto projetos desenvolvidos ao longo do ano, desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio.
Entre os trabalhos apresentados, um dos que mais chamou atenção foi coordenado pelo professor Luiz Klock, que orientou alunos na criação de uma representação completa da cadeia produtiva da indústria têxtil. O projeto abrangeu desde a extração da matéria-prima até a produção automatizada com programação em Python, incluindo simulações em maquetes e até uma estação meteorológica funcional desenvolvida pelos próprios estudantes.
“Mostramos desde a extração da matéria-prima até os impactos ambientais da industrialização. É tudo pensado para que o aluno compreenda o processo como um todo e apresente isso com autonomia”, explicou Klock, enquanto os alunos conduziam as apresentações com segurança e desenvoltura.
Outros grupos também se destacaram ao retratar elementos da economia e da cultura local. Com materiais recicláveis, alunos do 3º ano construíram maquetes que representavam o porto de Itajaí, a movimentação de contêineres e pontos turísticos como a Igreja Matriz. As produções integraram consciência ambiental, conhecimento técnico e valorização da identidade da cidade.
Segundo Silvana Meneghini, gerente-executiva do SESI e SENAI na Foz do Itajaí, a Mostra STEAM tem o papel de compartilhar com a comunidade tudo o que é desenvolvido na prática dentro das salas de aula.
“A Mostra STEAM acontece em todas as escolas SESI de Santa Catarina e tem esse papel: mostrar às famílias, à comunidade e à sociedade como aplicamos o conhecimento de forma prática, com interdisciplinaridade e protagonismo estudantil. A cada edição, vemos mais maturidade nos projetos, mais envolvimento das famílias e mais desenvoltura dos alunos”, destacou.
Para Anderson Colla, coordenador de Educação da escola, o evento simboliza o resultado de um trabalho contínuo. “São projetos que nascem no cotidiano da escola, não são feitos só para a mostra. Eles envolvem tecnologia, pensamento crítico, criatividade e, principalmente, o protagonismo dos nossos estudantes. É gratificante ver esse engajamento e perceber o quanto os alunos crescem ao se verem como autores do próprio conhecimento”, afirmou.
