Entre os dias 29 de agosto e 5 de setembro, atletas de Itapema (SC) participaram da segunda etapa do Intercâmbio Taubaté/Itapema – Intensivo de Alto Rendimento, realizado em Taubaté (SP). O programa, pioneiro no Brasil, conecta treinadores, competidores e gestores no fortalecimento da Cultura Skateboard como referência esportiva, educacional e social.
A iniciativa é fruto da parceria entre as Prefeituras de Itapema e Taubaté, com foco no desenvolvimento técnico de atletas, na qualificação de instrutores e na integração comunitária. A proposta se baseia na metodologia da ABC do Skate, já aplicada em núcleos de formação esportiva em diferentes estados do país.
Durante a primeira etapa, em fevereiro, o skatista Tuco Manica, atleta contratado de Itapema, apresentou uma manobra inédita: a Elis Regina Air, evolução técnica da clássica Madonna Air de 1984. A novidade já ganhou repercussão internacional, consolidando a inovação como marca do intercâmbio.
Skate como ferramenta de transformação
O coordenador do Skate em Itapema e treinador de alto rendimento, Fredi Manica, destacou a evolução da modalidade:
“Do tempo em que o skate era proibido nas escolas e até nas ruas, evoluímos muito. Hoje, nenhuma modalidade conecta tão intensamente crianças, jovens e adultos. O skate devolve a motivação para a atividade física, desperta o prazer do ar livre e reconecta os alunos a todas as práticas esportivas. Ver a evolução de Taubaté é inspirador — e isso é só o começo.”
Já o treinador da Seleção de Skate de Taubaté, Cipriano César, ressaltou o impacto da parceria:
“Receber a equipe de Itapema nesse intercâmbio técnico é fundamental. Estamos plantando raízes culturais que permanecerão como legado. Quando já não estivermos à frente, haverá continuidade e prosperidade através do esporte, da cultura e da educação. E o mais bonito é ver a motivação dos jovens: já querem saber quando será o próximo encontro.”
Com a consolidação do intercâmbio, Itapema e Taubaté se firmam como cidades-modelo na educação esportiva pelo skate, mostrando que a modalidade vai muito além das pistas: é ferramenta de transformação, inclusão e construção de futuros.