O Laboratório de Inovação de Balneário Camboriú – o LaBC – foi lançado na noite desta segunda-feira (28), no Expocentro Júlio Tedesco, reunindo mais de 300 pessoas em um evento considerado histórico para o município. A iniciativa é da Prefeitura de Balneário Camboriú e está sendo implementada por meio da Secretaria de Governo, Inovação e Orçamento (Segov).
Durante a cerimônia, a prefeita Juliana Pavan sancionou a Lei Municipal nº 5.074/2025, que estabelece medidas concretas de incentivo à inovação, à pesquisa científica e tecnológica, com foco no desenvolvimento sustentável.
“Inovar não é mais uma opção, é uma necessidade. O LaBC nasce com o propósito de adotar tecnologia e inovação para acelerar soluções e garantir um atendimento mais ágil, simples e eficiente à comunidade”, destacou a prefeita.
Segundo ela, a proposta reflete o compromisso de Balneário Camboriú em construir uma cidade inteligente, inclusiva e conectada às reais necessidades da população.
“O LaBC será um espaço institucional de experimentação e cocriação, com o objetivo de aproximar o governo da sociedade, testar novas ideias, melhorar processos e transformar os serviços públicos com foco em resultados e eficiência”, completou Juliana Pavan.
O evento contou com a presença de diversas autoridades, como o deputado estadual Carlos Humberto Silva; a vice-presidente da Câmara Municipal, Jade Martins; os vereadores Alessandro Teco, Guilherme Cardoso, Naifer Neri e Samir Dawud; além do secretário de Governo, Leandro Índio da Silva, e demais secretários municipais.
Na ocasião, também foi realizado um painel com o tema “Cidades inteligentes e inovadoras: construindo uma nova matriz econômica para Balneário Camboriú”, mediado por Victória Marques, secretária-executiva do polo Acate – Foz do Itajaí. Participaram do painel o ex-secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina, Marcelo Fett, e o gerente de Inovação do Sebrae/SC, Alexandre Souza.
O LaBC é fruto de uma parceria entre o município, o Centro de Educação Superior da Foz do Itajaí (Cesfi) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Balneário Camboriú.
Segundo o diretor da Divisão de Tecnologia da Informação (DTI), Murilo Sodré, o laboratório será fundamental para mapear e simplificar processos burocráticos, criando uma carta de serviços digital acessível e centralizada.
A ideia surgiu dentro da disciplina Tópico Especial de Administração Pública e Governança III – Laboratório de Inovação e Experimentação em Governança Local, com participação dos acadêmicos Ronaldo Camargo, Laís Oliveira, Luciano Godoy e Davison Cavalheiro, sob orientação da professora Dra. Bruna Devens Fraga.
“Hoje foi uma noite muito especial para Balneário Camboriú. O lançamento do LaBC marca o início de uma grande transformação digital no município. Em apenas seis meses, conseguimos entregar esse laboratório, que será um espaço de fomento e metodologias ágeis, possibilitando conhecer as dores e transformá-las em soluções”, reforçou Murilo Sodré.
O LaBC funcionará na sede da Secretaria de Educação, onde também está localizado o setor de DTI.
A recém-sancionada Lei Municipal nº 5.074/2025 estabelece uma estrutura robusta para incentivar o ambiente de inovação no município. Entre os instrumentos previstos:
Sistema Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (SMCTI): articula iniciativas públicas, privadas e acadêmicas;
Fundo Municipal de Inovação (FMI): direciona recursos a projetos em TI, energias renováveis, realidade virtual e inteligência artificial;
Programa de Incentivo à Inovação (PII): oferece benefícios fiscais a empresas inovadoras, com deduções em ISSQN e IPTU;
Plano Municipal de Inovação: será elaborado pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMCTI).
Outro destaque é a criação do Sandbox Regulatório, por meio do Decreto nº 12.473, que estabelece um ambiente de testes supervisionado para empresas e instituições experimentarem produtos e serviços inovadores com regras simplificadas e prazo limitado.
A DTI da Segov será responsável pela gestão dos editais e acompanhamento dos testes. Poderão participar empresas com capacidade técnica e financeira comprovada, desde que não possuam impedimentos legais para contratar com o poder público.