Carol Marin, Neurologista do Hospital Dona Helena de Joinville (SC)
Você certamente já ouviu falar nessa doença que, segundo o Ministério da Saúde, atinge em torno de 40 mil brasileiros – e 2,8 milhões de pessoas, ao redor do mundo.
A Esclerose Múltipla é uma doença crônica e autoimune que acomete o sistema nervoso central – cérebro e a medula espinhal. E isso acontece quando, por erro, o sistema imunológico “ataca a mielina”, que é a camada protetora das fibras nervosas.
Esse processo inflamatório resulta em lesões e cicatrizes (escleroses) nas áreas afetadas, interferindo na eficiência da transmissão de sinais entre o cérebro e o corpo. Pode acometer pacientes de todas as idades, desde a infância até a vida adulta.
Mas é considerada entre as doenças neurológicas, a que mais atinge jovens, no mundo todo – a idade média de diagnóstico é de 30 anos e atinge, na maioria, mulheres.
Os sintomas variam, incluindo fadiga intensa, dificuldade de coordenação, fraqueza muscular, alteração de sensibilidade como amortecimento ou formigamento, alterações visuais, dificuldades cognitivas, entre outros. A esclerose múltipla afeta cada pessoa de forma diferente e o seu curso é imprevisível, podendo levar a deficiências permanentes.
A causa exata não é conhecida, estudos apontam uma predisposição genética e fatores ambientais, como o contato com alguns vírus durante a vida, tabagismo e obesidade. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, de imagem (ressonância magnética) e testes laboratoriais.
Embora não tenha cura, já existem medicamentos que podem ajudar a controlar os sintomas, atrasar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A conscientização sobre a esclerose múltipla é importante para que o diagnóstico seja feito de maneira precoce, garantindo, assim, o manejo correto.
É importante que o paciente seja acompanhado em centro de referência para um tratamento personalizado e suporte adequado.
Assessoria de imprensa Hospital Dona Helena.
Jornalista Ana Ribas Diefenthaeler.