No dia 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, uma campanha promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo. Embora o público em geral associe o cigarro principalmente a doenças pulmonares e cardiovasculares, os danos do tabaco à saúde dos olhos ainda são pouco conhecidos.
Pesquisas indicam que o tabagismo — inclusive o fumo passivo (inalação da fumaça por pessoas não fumantes) — eleva de forma significativa o risco de doenças oculares graves, como catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Ambas podem resultar em perda de visão, principalmente em pessoas com predisposição genética ou que não realizam exames oftalmológicos periódicos.
Segundo a OMS, o tabagismo causa a morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo cerca de 1,2 milhão vítimas do fumo passivo. A melhor forma de prevenção é parar de fumar, além de buscar informação de qualidade e cuidados oftalmológicos regulares.
O oftalmologista Pedro Antônio Nogueira Filho, chefe do Pronto Socorro do H.Olhos – Hospital de Olhos do Grupo Vision One, alerta que o cigarro também está ligado ao desenvolvimento do glaucoma, doença relacionada à pressão intraocular elevada. Outra consequência é a exoftalmia (olhos saltados), associada à Doença de Graves, uma condição causada pelo hipertireoidismo.
“Até mesmo alterações aparentemente estéticas, como a queda das pálpebras, comprometem a qualidade de vida, diminuem o campo visual, causam ardência e lacrimejamento – tudo isso intensificado pelo hábito de fumar”, afirma o médico.
Além disso, a síndrome do olho seco é uma queixa comum entre fumantes ativos e passivos. A fumaça do cigarro contém toxinas que danificam a superfície ocular, provocando vermelhidão, irritação e até lesões graves, dependendo da exposição.
Por fim, o Dr. Pedro reforça: “Consultar o oftalmologista regularmente e abandonar o cigarro são atitudes essenciais para preservar a visão. Os benefícios para a saúde são quase imediatos e impactam não apenas os olhos, mas o corpo como um todo”.







