Governo de Santa Catarina contesta portaria federal que impõe cotas para pesca da tainha no litoral catarinense

Governo de Santa Catarina contesta portaria federal que impõe cotas para pesca da tainha no litoral catarinense

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O Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria Executiva da Aquicultura e Pesca (SAQ), manifestou forte contestação à Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26/2025, que estabelece cotas exclusivas para a pesca da tainha na modalidade de arrasto de praia no litoral catarinense. O Estado anuncia que recorrerá novamente à Justiça para tentar derrubar a medida.

A contestação baseia-se em uma análise técnica detalhada, incluindo a Nota Técnica SAQ/GAB Nº 002/2025, que aponta omissões e inconsistências nos dados e argumentos apresentados pelos Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

  • Regulamentação do arrasto de praia em outros estados: Diferente do que afirma a portaria, a modalidade é regulamentada em estados como São Paulo, que não foram submetidos a cotas semelhantes, o que fere o princípio da isonomia.

  • Fragilidade dos dados sobre estoque da tainha: Dados utilizados para justificar a medida são considerados “insuficientes” pela IUCN, e indicam melhora no rendimento sustentável da espécie nos últimos anos, o que contradiz a necessidade de restrições severas.

  • Fiscalização desigual: Enquanto pescadores catarinenses precisam reportar capturas em tempo real, outros estados fazem o monitoramento de forma manual e apenas no fim da safra, gerando desigualdade no controle do recurso.

  • Falta de participação dos pescadores catarinenses: Pescadores locais não foram consultados adequadamente, fragilizando a legitimidade da medida.

“O Governo do Estado não se furta a discutir medidas de ordenamento que visem a sustentabilidade, mas estas precisam ser justas, transparentes e garantir tratamento igualitário a todos os estados produtores”, declarou o Secretário Executivo da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.

O Estado reforça que seguirá lutando pela defesa dos direitos dos pescadores catarinenses e buscará diálogo para regras que atendam de forma justa todos os produtores de tainha no Brasil.

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