A obra foi desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e contou com patrocínio da concessionária Águas de Camboriú por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Os patrimônios culturais e ambientais da cidade são o foco do livro Camboriú – A cidade da gente, que será lançado no dia 24 de novembro em Camboriú. Os autores são estudantes da rede pública municipal. Ao todo, 13 turmas de quatro escolas participaram do projeto: GEM Andrônico Pereira, EBM Clotilde Ramos Chaves, EBM Eliete Pereira Melo e EBM Lucinira Melo Rebelo. Para compor a obra, cada grupo se dedicou a um tema específico e, durante as pesquisas, os alunos visitaram patrimônios locais e receberam convidados para palestras nas escolas.
O projeto A cidade da gente, produzido pela Editora Olhares e viabilizado pela Lei Rouanet por meio do Ministério da Cultura, recebeu patrocínio da Águas de Camboriú e do Instituto Aegea, além da parceria da Secretaria Municipal de Educação. A obra também contou com colaboração da escritora Sibélia Zanon e dos ilustradores Olavo Costa e Jordí, responsáveis pelo acabamento profissional do livro.
Cada turma selecionou um tema entre os patrimônios culturais e ambientais de Camboriú para aprofundar e transformar em textos de diferentes gêneros literários. A Festa do Divino Espírito Santo, o Instituto Federal Catarinense (IFC) e o rio Camboriú estiveram entre os escolhidos, assim como o Parque Linear, abordado pela turma da EBM Eliete Melo, que produziu criativos cordéis inspirados pela visita ao local.
As visitas de campo também foram essenciais para os trabalhos sobre o Ginásio Irineu Bornhausen, realizados pelos alunos da EBM Clotilde Ramos Chaves. Sob orientação da professora Samanta Maia, os estudantes escreveram cartas lúdicas e imaginativas para o ginásio. Uma delas, escrita pela aluna Emanuely Mello Pereira e dedicada à quadra de esportes, diz: “Eu sou grata por ter você em nossa cidade. Você é um recurso valioso para a comunidade, pois é um lugar onde podemos nos divertir e nos manter saudáveis. Além disso, sua equipe é dedicada e sempre disposta a ajudar”.
No texto de apresentação, a secretária de Educação, Carin Bernadete Krug, destaca o impacto do projeto para a rede municipal, que receberá 2.600 exemplares para uso pedagógico: “O livro é mais do que uma produção pedagógica, é um gesto de amor à cidade, um presente para a comunidade e um legado para as futuras gerações. Que esta obra fortaleça o sentimento de pertencimento, o orgulho por nossa terra e o compromisso com a valorização da educação e da memória de Camboriú”.
Para a presidente da Águas de Camboriú, Reginalva Mureb, o projeto estimula a educação e a cultura entre os jovens, que representam o futuro da cidade. “O livro faz um registro histórico e cultural do que estas crianças vivem hoje e será uma lembrança eterna de seus dias como estudantes, além de fomentar a leitura e a criatividade”, afirma.
A distribuição gratuita dos exemplares garante que a obra será incorporada ao ensino das futuras gerações de alunos de Camboriú, permitindo que aprendam sobre sua cidade a partir da perspectiva de outras crianças e adolescentes. Uma versão digital está disponível no site do projeto, www.acidadedagente.com.br.
Sobre o projeto
Com títulos publicados em mais de 40 cidades das cinco regiões do Brasil, a coleção A cidade da gente estabelece uma parceria entre escritores, ilustradores, professores e alunos da rede pública para registrar os patrimônios materiais, imateriais e ambientais de cada município abordado. O projeto venceu o Prêmio Retratos da Leitura 2019, promovido pelo Instituto Pró-Livro, em reconhecimento às ações de incentivo à leitura no país. Idealizado pela Editora Olhares, o projeto completou 10 anos de publicações em 2025.
Livros da coleção se tornam referências locais
Produzidos majoritariamente em pequenos e médios municípios, os livros da coleção costumam se tornar importantes referências de conhecimento local, com linguagem acessível mesmo para leitores iniciantes e destaque para o ponto de vista das crianças da própria comunidade.
Para garantir a continuidade do uso em sala de aula, 2.600 exemplares são distribuídos gratuitamente às escolas públicas de cada cidade participante, além de uma formação destinada a professores, que compartilham sugestões de aplicação pedagógica em várias disciplinas. Dessa forma, as obras permanecem vivas ao longo dos anos e beneficiam diversas gerações.







