Sylvia Pacheco é Cirurgiã Dentista graduada em1989 e desde então atua no setor de Odontologia, possui experiência de mais de 20 anos no terceiro setor, trabalhando na captação de verbas para várias entidades assistenciais e há 5 anos montou o ‘Grupo Voluntariado da Unidade Pediátrica de Hemodiálise’ da UNIFESP, cuja finalidade é manter a unidade em adequadas condições físicas e em funcionamento através da compra de materiais hospitalares e cirúrgicos para que o serviço de atendimento da instituição proporcione tratamento de qualidade aos pacientes renais crônicos enquanto aguardam o tão sonhado transplante rins, e atua também auxiliando o ‘Grupo Voluntariado das Amigas do Peito’ a manter estoques de materiais e insumos para a confecção de próteses mamárias para doação a mulheres mastectomizadas carentes (com a confecção mensal de 500 próteses) e é Sócia Administradora da ‘Agenda Diamante Exclusiva’, em conjunto com os integrantes do grupo, desde o início da pandemia da Covid 19 realizando até os dias atuais a doação de 630 cestas básicas a comunidades carentes, dentre elas, as comunidades de Paraisópolis, Heliópolis, Vila União e Vila Brasilândia, além de doar alimentação a centenas de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Para falar sobre a ‘Unidade Pediátrica de Hemodiálise’ da UNIFESP e de várias outras ações sociais que entrevistei Sylvia Pacheco.
Imagem: divulgação
Como e quando surgiu o projeto social de contribuição com a Unidade Pediátrica de Hemodiálise da Universidade de São Paulo?
R: Meu trabalho com a unidade teve início em 2014 após um pedido de socorro de duas amigas médicas nefrologistas que me disseram que a unidade seria fechada pela Vigilância Sanitária, por fala de condições adequadas para prosseguir funcionando.
A partir daí através da ajuda dos meus amigos e dos integrantes do grupo ‘Agenda Diamante Exclusiva’, a unidade foi totalmente reformada ficando dentro das especificações exigidas pela Vigilância Sanitária e, portanto, adequada para atender e tratar os pacientes que necessitam de terapia de hemodiálise.
Quais são os tratamentos que as crianças recebem Unidade Pediátrica?
R: Os pacientes, todos oriundos do Sistema Único de Saúde – (SUS), recebem apoio psicológico, nutricional, atendimento ambulatorial e realizam as sessões de hemodiálise enquanto aguardam o chamado para o tão sonhado transplante renal.
Qual a relevância da Unidade Pediátrica de Hemodiálise na vida dos pacientes e família atendidas?
R: Sem as sessões de hemodiálise o paciente renal crônico não consegue sobreviver, uma vez que seus rins não tem a capacidade de filtrar o sangue.
Quantas crianças são atendidas atualmente pelo projeto?
R: São atendidas em torno de 15 pacientes portadores de doença renal crônica.
O que mais a motivou a engajar pessoas e promover ações para a manutenção da ala pediátrica da UNIFESP?
R: A necessidade de dar a esses pacientes tratamento digno e de qualidade com recursos e equipamentos e materiais de ponta, que não estão disponíveis em nenhum serviço público no país. Somos pioneiros no uso do conector TEGO, um material cirúrgico que possibilitou a redução significativa do número de internações hospitalares dos pacientes por bacteremia que os debilitava demasiadamente.
Fornecemos também alimentação e suplementação para os pacientes durante as sessões de hemodiálise e, também semanalmente eles recebem frutas, iogurte, bolachas e o suplemento ‘Fortine’ especifico para pacientes portadores de doenças renais fabricado pela Danone, para levarem para as suas respectivas casas. Os pacientes ganharam massa magra e cresceram em estatura muito melhor do que antes do nosso trabalho.
Na sua avalição, atualmente, como as questões sociais estão sendo tratadas no Brasil?
R: As questões sociais não são democráticas para todas as necessidades. A área da saúde precisa de muito capital para que possam ser resolvidas tantas demandas. Logo, resta ao cidadão arregaçar as mangas e fazer a sua parte através do trabalho voluntariado.
Qual a importância da solidariedade?
R: A solidariedade é imprescindível para a formação de uma sociedade, pois precisamos dar ao outro a mesma atenção nas suas carências que desejamos para nós e nossos familiares. Não dá para ser realmente feliz sabendo que tantos passam por diversas dificuldades. A desigualdade é muito grande no nosso país.
É preciso que a população cobre dos governantes investimentos para que tenhamos acesso a um sistema de saúde pública de qualidade. Para tanto pagamos impostos e esse dinheiro precisa ser muito bem administrado para que gere bons frutos.
Como as pessoas podem fazer para ajudar a Unidade Pediátrica de Hemodiálise da Universidade de São Paulo? Qual o site, redes sociais ou telefone?
R: As pessoas podem nos ajudar participando das ações beneficentes que propomos constantemente para suprir os gastos da ‘Unidade Pediátrica de Hemodiálise’ da UNIFESP bem como de todas as outras entidades apoiadas pelo nosso grupo de voluntariado.
Todas as ações são divulgadas no grupo do Facebook ‘Agenda Diamante Exclusiva’, no meu Instagram @sylviarpacheco e também no grupo de WhatsApp que formei com todos os interessados em participar das nossas ações.