O Programa de Controle da Dengue de Itajaí divulgou os resultados do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 30 de janeiro e 10 de fevereiro. O estudo revelou que o índice de infestação geral do município atingiu 5,6, considerado alto e de risco elevado para a proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito.
De acordo com a classificação, índices menores que 0,9 indicam baixo risco, entre 1,0 e 3,9 representam médio risco, e valores acima de 3,9 são considerados de alto risco. Durante o levantamento, foram identificados 277 focos positivos do mosquito Aedes aegypti, todos em residências e comércios da cidade. Além disso, 116 imóveis apresentaram dois ou mais focos, situação considerada grave.
No total, 3.255 imóveis foram visitados e 7.905 depósitos inspecionados por cerca de 40 agentes de endemia, que atuaram em todos os bairros do município.
Principais focos de infestação
Os agentes constataram que a população deixou de adotar medidas preventivas. Os principais depósitos onde foram encontrados focos positivos são:
- 131 em pequenos depósitos móveis;
- 41 em lixo;
- 39 em pneus;
- 30 em depósitos fixos (ralos, piscinas);
- 18 em bromélias;
- 18 em outros depósitos de armazenamento de água.
Situação da dengue em Itajaí
O último boletim divulgado nesta quinta-feira (13) registrou 75 casos confirmados de dengue no município, além de 585 casos prováveis que ainda estão sob investigação.
Bairros com maior risco de infestação
Os bairros com alto índice de infestação são:
- São Vicente, Cordeiros, Cidade Nova, Centro, Vila Operária, Dom Bosco, Barra do Rio, São João, São Judas, Cabeçudas, Praia Brava e Fazenda.
Já os bairros de Itaipava, Salseiros e Espinheiros estão em médio risco, enquanto Ressacada e Canhanduba apresentam baixo risco.
Alerta para a população
“A população deve compreender que este índice é preocupante e pode levar a um aumento nos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Este índice significa que mais de quatro casas a cada 100 apresentam focos positivos. Precisamos da máxima colaboração da comunidade para evitar novos casos de dengue na cidade”, reforçou Lúcio Vieira, coordenador do Programa de Controle da Dengue.