O Governo do Brasil inicia nesta quarta-feira (17) o cronograma de pagamentos do Bolsa Família referente a setembro, que vai contemplar 19,07 milhões de famílias em todos os 5.570 municípios brasileiros, alcançando diretamente 49,75 milhões de pessoas.
O valor médio do benefício neste mês é de R$ 682,22, a partir de um investimento de R$ 12,96 bilhões. Os repasses seguem de forma escalonada, conforme o final do Número de Identificação Social (NIS), até o dia 30.
Pagamento unificado em municípios afetados por desastres
Em 505 municípios dos estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Piauí e Sergipe, o pagamento foi unificado para esta quarta-feira (17), primeiro dia do calendário. A medida beneficia 599,86 mil famílias, com repasses que somam R$ 391,83 milhões. Nesse grupo estão todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul, além de quatro em Sergipe, dois no Piauí e dois no Paraná.
Benefícios adicionais
Primeira Infância: 8,4 milhões de crianças de zero a seis anos recebem adicional de R$ 150, totalizando R$ 1,19 bilhão em repasses.
Adicionais de R$ 50: pagos a 623 mil gestantes, 302 mil nutrizes e 14,48 milhões de crianças e adolescentes entre sete e 18 anos. O montante soma R$ 711,3 milhões.
Grupos específicos: o programa contempla 241 mil famílias indígenas, 280 mil quilombolas, 384 mil catadores de materiais recicláveis, 248 mil pessoas em situação de rua e 613 mil famílias em risco de insegurança alimentar.
Perfil dos beneficiários
Em setembro, 83,9% dos responsáveis familiares são mulheres (16 milhões). Do total de quase 50 milhões de pessoas atendidas, 29,12 milhões são do sexo feminino (58,54%). A maioria dos beneficiários é de pessoas negras ou pardas: 36,47 milhões (73,31%).
A Regra de Proteção, que permite a permanência no programa por até um ano mesmo com emprego formal ou aumento de renda (recebendo 50% do valor), beneficia neste mês 2,6 milhões de famílias.
Distribuição regional e estadual
Nordeste: 8,89 milhões de famílias (R$ 6 bilhões em repasses).
Sudeste: 5,37 milhões (R$ 3,61 bilhões).
Norte: 2,48 milhões (R$ 1,76 bilhão).
Sul: 1,31 milhão (R$ 868,61 milhões).
Centro-Oeste: 1 milhão (R$ 686,42 milhões).
Na divisão por estados, a Bahia lidera com 2,34 milhões de famílias beneficiadas (R$ 1,57 bilhão), seguida por São Paulo (2,22 milhões). Outros estados com mais de 1 milhão de famílias atendidas incluem Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Maranhão.
O maior valor médio por estado é registrado em Roraima (R$ 740,15), seguido por Amapá (R$ 731,53), Acre (R$ 730,31) e Amazonas (R$ 724,13).
Destaque entre os municípios
No ranking municipal, Uiramutã (RR), com 13,7 mil habitantes e 2.214 famílias atendidas, apresenta o maior valor médio do país: R$ 1.047,29 — sendo o único município brasileiro a ultrapassar a marca de R$ 1 mil. Na sequência estão Campinápolis (MT), com R$ 917,60; Santa Rosa do Purus (AC), com R$ 898,65; e Jordão (AC), com R$ 889,95.
