Dois ícones da cultura nacional, Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues, foram oficialmente reconhecidos como patronos da Música Popular Brasileira. A Lei nº 15.204, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicada nesta sexta-feira (12/9) no Diário Oficial da União. O texto também recebeu assinatura das ministras Margareth Menezes (Cultura) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).
De acordo com a legislação, o título de patrono é concedido a brasileiros falecidos há pelo menos dez anos que tenham deixado contribuição excepcional para o segmento cultural em destaque.
Nascido em Porto Alegre, em 1914, Lupicínio Rodrigues é considerado o criador do estilo “dor-de-cotovelo”, caracterizado por composições que retratam desilusões amorosas com forte carga poética. Autor de clássicos como Felicidade e Nervos de Aço, teve suas músicas interpretadas por grandes artistas. O compositor gaúcho também escreveu o hino do Grêmio, deixou cerca de 150 obras registradas e faleceu em 1974, aos 59 anos, em decorrência de complicações cardíacas.
Já Pixinguinha, nascido no Rio de Janeiro em 1897, foi maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador, sendo reconhecido como um dos maiores nomes da música brasileira. Responsável por consolidar o choro, compôs obras imortais como Carinhoso, Rosa e Lamentos. O Dia Nacional do Choro, celebrado em 23 de abril, homenageia seu legado. O músico iniciou a carreira sob influência do pai e integrou o grupo Os Oito Batutas, levando o choro a públicos no Brasil e no exterior. Atuou também como arranjador na RCA Victor e deixou forte influência musical até sua morte, em 1974.
